quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Reflexo da margem





Tem um lado da margem
Que não vem, nem passa
Do lado da margem há só miragem
Atravessa rítmica e frouxa
Enquanto rola em deleite de estar
De ser a margem que é só miragem
Se escuro, ainda vê-se o lusco-fusco
Porque acende e apaga em mim, em você
Que não anda e é passagem
Só vai quem crê
Tem bicho, tem mato
E a água não é cristalina
De tanto espreitar já me sacou de antemão
Só vou de um lado pro outro
Porque ainda não sei nadar

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