sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Nubla noite e sai de mim

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Aqui não é proibido fumar, acende o seu
Senta, puxa aí uma cadeira
O bar é o mesmo de outros tempos
Me olha, mas não diretamente, me espia
Pelo vão da porta, buraco de fechadura
Repara o movimento da minha saia
Indo, vindo, rodando
Sente o medo te tomando os sentidos
Fala alguma besteira que me faça rir
Assiste quem chega se aproximar de mim
Confere a hora no seu relógio
Vê se te apressa antes que me roubem a atenção
Deixa subentendido em verso cada desejo teu
De me tirar daqui, de me tirar a roupa
Entre um trago e outro, sai mais um
Dando mais espaço pra nossa falta de ar
Te dou 5 minutos pra me convencer a ficar
Te dou a mão, o colo
Não perca tempo enchendo meu copo
A vodka sempre fez mais efeito em você
Nem tem mais estrela no céu
É hora de ir - pra onde?
Vem comigo que eu te conto mais de mim
Falo dos lugares que eu andei até chegar aqui
Pra ter suas mãos me marcando os braços
Tem pressa, não
Se o quarto tá escuro ainda é noite
Te dou meu beijo, meu calor
Quando o cansaço bater, escolhe
Pode ir embora se quiser
Eu não choro
Mas se ficar eu te prometo, moreno
Te dou a vida, a calma e o mar

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