quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Tem dessas coisas


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A proposta maior é seguir com novos erros, posto que errar com os mesmos é pra quem não gosta de arriscar. Erro certo não tem valor algum, é de mendigar noite a dentro.

Segue todo o curso fazendo um filme com fotografia em macro, foram tantas e tantas cenas, houve salsa de madrugada, houve cantiga de ninar pelas 2 da tarde, houve um "Eu nego" persuasivo. Teve domingo em que eu não pude dormir tamanho o riso, ele do lado cantando temas de novelas mexicana, eu ajudando ritmando no som do próprio corpo como se eu fosse assim um tamborim.

Bateu uma saudade de nós, disso e daquilo outro. Mas você não aparece mais por aí como costumava fazer, eu já não te ligo com qualquer desculpa como já fiz por paixão. Simplesmente não nos falamos, não nos vemos. E o que fomos, fomos. Mas a saudade, a saudade ainda é. Será que pensamos nisso em dias como hoje?

Que outro motivo, senão esse, seria capaz de me levar a conhecer o samba de breque e o frenético dedilhar de outra viola? Saiba que quando eu ouvi aquela viola me senti traindo, quando aquele lá abriu a boca me cantando a sua música, eu quase chorei. Mas como você deve saber de mim, eu sorri mostrando os dentes e acompanhei a letra, desafinada que só.

Será que foi num devaneio desses em busca de você que eu me deixei levar a outra cidade? Me deixei conquistar com pouca verdade? Me entreguei de cabeça como não se usa mais fazer?

Ah, mas então os nossos erros foram válidos desde sempre e há 420 dias, ou mais, ou quando eles eram só planos de errar (feio) num dia assim sem compromisso, feito ontem. A busca pelo novo erro é uma forma inconsciente de amenizar a falta que me faz ouvir você reclamar "Pois é, pois é", de você acalmar meu pesadelo "Passou, passou", de você conjugar meus verbos inventados "Eu gudunho, tu gudunhas...É assim, né? Com 'u'?", enquanto eu ria e pensava "Cala a boca, rapaz!"

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